Mosquito

23/01/2024 06:00h

Segundo o governo do Distrito Federal, as ações de fiscalização estão sendo intensificadas; em 2023. Foram aplicadas 3.867 multas

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Diante do aumento de focos e proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya, o descarte irregular de lixo e entulho em vias do Distrito Federal aparece como um desafio. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), 7.782 casos suspeitos de dengue foram notificados na capital. Destes, 7.614 eram casos prováveis.

Para combater essa prática, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai aplicar multas a quem jogar lixo nas ruas de maneira irregular. Conforme o GDF, agentes da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) estão intensificando a fiscalização de pontos de despejo irregular, lotes sujos e até mesmo quem coloca lixo orgânico fora do dia e horário. As punições para a população que jogar lixo nas ruas variam de notificações a multas que vão de R$ 2.799  ou até R$ 27.799. 

Para a infectologista Joana D’arc Golçalves, as estratégias de combate à dengue exigem ações interligadas entre sociedade e governo.

“A dengue é uma doença que a gente já conhece há um bom tempo no Brasil. Com relação aos cuidados e como se prevenir a gente até sabe o que fazer agora, executar isso é o que tem sido um pouco difícil. As estratégias de combate à dengue não são centradas em um único indivíduo. São ações multidisciplinares que envolvem toda a sociedade e os órgãos de governo e também a iniciativa privada. Porque cada um tem seu papel tanto na parte educativa quanto na parte de fiscalização”, explica.

A infectologista ainda destaca que o trabalho de conscientização e prevenção contra a dengue é contínuo e não pode ser interrompido.

“A gente não pode deixar para fazer as ações de combate à dengue somente quando está chovendo, quando a gente tem os surtos. É um trabalho ininterrupto, porque se eu faço toda a coleta adequada dos resíduos, a fiscalização na época de seca, se eu fiscalizo os terrenos onde tem a possibilidade de proliferação do vetor. Se as medidas de vigilância funcionam na seca, na chuva, a gente não vai ter dengue. Então é esse monitoramento, ele é permanente”, ressalta. 

Além da fiscalização das vias, a SES-DF informou que esta implementando o “carro fumacê” nas regiões administrativas para combater o mosquito transmissor e os agentes comunitários também estão realizando visitas domiciliares para a eliminação de focos e retirada de entulhos e lixo nas vias públicas. De acordo com a SES-DF, cerca de 1.300 servidores da área estão realizando as visitas.

Números em 2023

Em 2023, a DF Legal realizou quase 20 mil vistorias. De acordo com a pasta, em relação ao descarte irregular de resíduos da construção civil e volumosos, foram realizadas 11.940 vistorias, aplicadas 1.745 notificações e lavradas 216 multas. Já no caso do descarte irregular de resíduos sólidos domiciliares, em 2023, o órgão fez 5.782 vistorias, aplicou 1.452 notificações e lavrou 24 multas. Na fiscalização das condições de lotes vazios, foram feitas 2.058 vistorias, 275 notificações e 11 multas.

Outra medida de combate a dengue desenvolvida pelo órgão é a vistoria de escoamento de água suja em endereços ou vias públicas, como de tanque, fossa, entre outras. No ano passado, foram registrados 927 relatórios, 134 notificações e 20 multas. 

Dengue no Distrito Federal

Ainda conforme o boletim da SES-DF, entre 31 de dezembro de 2023 e 13 de janeiro houve um aumento de 435% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF, em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.370 casos prováveis da doença.

As regiões administrativas que apresentaram os maiores números de casos prováveis foram: Ceilândia (1.855), seguida de Samambaia (521 casos prováveis), Sol Nascente/Por do Sol (496 casos), Brazlândia (476 casos prováveis) e Taguatinga (327) casos prováveis. Essas cinco regiões administrativas concentraram 50,1% (n= 3.675) dos casos prováveis de dengue no DF. 

Dengue: com aumento no número de casos, governo do DF amplia horário de funcionamento de 11 UBS’s

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16/01/2024 14:15h

Foram registrados 2.054 casos prováveis de dengue entre 31 de dezembro e 6 de janeiro

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No Distrito Federal, foram registrados 2.054 casos prováveis de dengue entre 31 de dezembro e 6 de janeiro, representando um aumento de 207% em comparação ao mesmo período de 2023, que teve 669 casos. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico de 2024 do DF.

De acordo com o boletim, as maiores incidências ocorrem em Ceilândia com 172,66 casos por 100 mil habitantes, Varjão com 142,5 casos por 100 mil habitantes e Brazlândia com 135,31 por 100 mil. Todas as regiões administrativas do DF registraram casos prováveis de dengue.

Jadir Costa, diretor da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF, destaca que o aumento das chuvas nesta época do ano no Distrito Federal exige que a população intensifique os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Ele recomenda dedicar pelo menos 10 minutos semanais para inspecionar e eliminar potenciais criadouros do mosquito em casa, como bebedouros de animais, tampas de garrafas e latas que possam acumular água.

“Esse trabalho colabora muito com o que é efetuado pelos agentes de vigilância ambiental. Importante reforçar para a população que ao receber o agente de vigilância ambiental que vai estar devidamente caracterizado com seu crachá e o seu colete, que o receba que deixa ele fazer essa inspeção, para que juntos a gente consiga combater a dengue”, considera.

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, durante as visitas domiciliares os agentes de saúde buscam identificar possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, com ênfase nos criadouros mais comuns. Quando focos são encontrados, a situação é comunicada à equipe de Saúde da Família (eSF) e, se necessário, à equipe de Vigilância Ambiental, que podem tomar medidas de controle, incluindo a aplicação de larvicidas e mobilização comunitária.

Ações de enfrentamento

Luciano Moresco Agrizzi, secretário adjunto de Assistência da Secretaria de Saúde do DF, afirma que o Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses inclui medidas para combater a doença e fornecer informações relevantes à população do Distrito Federal. O plano também foca na capacitação dos profissionais de saúde com estratégias assistenciais e de suporte para mitigar os impactos da dengue no cenário atual.

“Entre as principais medidas, a saúde tem monitorado e agido de forma eficaz e ágil nas ações, utilizando o fumacê, de forma tática, em que a equipe da Vigilância em Saúde avalia os locais, juntamente com as equipes assistenciais”, explica.

O secretário enfatiza a importância da participação ativa da população no combate à dengue, e pede para que as pessoas inspecionem regularmente seus quintais para identificar e eliminar locais que possam servir como criadouros do mosquito, contribuindo assim para reduzir a incidência da doença.

Principais sintomas

  • Febre alta (acima de 38 graus); 
  • Dor no corpo e articulações; 
  • Dor atrás dos olhos; 
  • Mal-estar; 
  • Falta de apetite; 
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas pelo corpo. 

Para quem apresenta sintomas, é recomendada a busca por atendimento em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. 

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13/01/2024 10:05h

Até o momento, não foram reportadas novas mortes, somando 48.266 notificações da doença

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No Paraná, foram registrados 3.234 novos casos de dengue entre agosto de 2023 e início de janeiro de 2024, totalizando 9.189 casos. Até o momento, não foram reportadas novas mortes, somando 48.266 notificações da doença. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2024, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Ao todo, 254 municípios tiveram casos confirmados, porém Londrina (1.177), Apucarana (801), Maringá (733), Jandaia do Sul (479), Capitão Leônidas Marques (422), Santa Izabel do Oeste (401), Paranavaí (358), Jacarezinho (333) e Paranaguá (325), são as cidades com os maiores números de registros.

Risco Climático da Dengue por Municípios

Fonte: boletim epidemiológico da dengue de 2024

Ações

Para combater a dengue, a Sesa e as secretarias municipais estão adotando estratégias de contingência personalizadas para cada município. As medidas incluem o controle vetorial, mutirões para a remoção de criadouros, uso de fumacê para reduzir a infestação e vigilância epidemiológica para identificar e corrigir vulnerabilidades, visando melhorar a gestão e resposta à doença.

Julival Ribeiro, infectologista, enfatiza que a prevenção mais eficaz contra a dengue é impedir a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença.

“Eliminando a água armazenada, que pode se tornar possíveis criadouros, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso, sem manutenção e para se ter uma ideia, até mesmo recipientes pequenos como tampas de garrafa podem servir de criadouros para a dengue”, explicando.

Sintomas

  • Febre alta, acima de 38,6°C;
  • Dores musculares bem fortes;
  • Dor ao movimentar os olhos; 
  • Dor de cabeça; 
  • Falta de apetite; 
  • Mal-estar geral;
  • Manchas avermelhadas pelo corpo.  

O infectologista alerta que em caso de suspeita de dengue, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde para realizar exames e orientações sobre tratamento.

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08/01/2024 08:30h

As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas e Planaltina

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O Distrito Federal registrou 37.698 casos prováveis de dengue, até a Semana Epidemiológica 51 de 2023, uma redução de 49,2% em relação ao ano anterior. As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia com 4.517 casos prováveis, seguida por Samambaia com 3.250, Brazlândia com 2.397, Recanto das Emas com 2.340 e Planaltina com 2.131, somando 41,17% do total. 

Durante o período, o DF registrou 10 casos graves e uma morte. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

Com o objetivo de reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, com o início das chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, a pulverização de inseticida de ultrabaixo volume (UBV) nas ruas, o fumacê. 

A pulverização do fumacê ocorre das 17h30 às 22h e das 5h às 10h.

Regiões atendidas na primeira semana de janeiro:

  • Lago Sul; 
  • Recanto das Emas; 
  • Taguatinga; 
  • Ceilândia;
  • Jardim Botânico; 
  • Planaltina.

A aplicação do inseticida iniciou no último dia 2 e já passou pelas regiões da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.

Sintomas e Prevenção

Robson Reis, infectologista, avalia que a febre é o principal sintoma da dengue e é importante ficar atento caso a doença evolua para uma forma mais grave. 

“A febre alta e dor no corpo são as características mais comuns num paciente com dengue, também podendo ter cefaleia, dores articulares, mas as mais importantes seriam essas duas [primeiras]. Paciente com dengue também pode evoluir para formas mais graves da doença, vindo a apresentar acometimento hepático e encefalite pelo vírus da dengue — e sangramentos, podendo esse paciente vir a óbito”, explica.  

Patrick Jaber, estudante de 22 anos e morador de Brasília - DF, relata que pegou dengue quatro vezes em 2020. Ele conta que sentiu fraqueza, manchas na pele e febre. Hoje ele continua com os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. 

“Não deixar objetos acumulando água parada; toda vez que eu vejo alguma coisa com água parada eu tiro”, conta.

Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas. 

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25/11/2023 11:05h

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, até o dia 11 de novembro houve a confirmação de 2.876 casos de dengue e 773 de chikungunya

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Em 2023, Pernambuco registrou cerca de 11 mil notificações de arboviroses, das quais aproximadamente 3 mil foram confirmadas. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, até o dia 11 de novembro houve a confirmação de 2.876 casos de dengue e 773 de chikungunya.

Eduardo Bezerra, responsável pela construção do Plano de Contingência das Arboviroses 2024 e diretor geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, expõe que até o momento não foram confirmados casos de zika no estado —  e que o atual panorama epidemiológico para as arboviroses, em especial a dengue, é de estabilidade com baixo número de notificações. 

Porém, devido à previsão de duas situações de maior complexidade para o ano que vem, a SES-PE decidiu antecipar o Plano Estadual de Contingência das Arboviroses 2024.

“Como a questão do El Niño, que vai aumentar a estiagem, forçar a população a armazenar mais água, por mais tempo e da circulação provável do sorotipo 3 da dengue, que já começa a ser vista no país. Já tem 15 anos que a gente não tem, então a população não está imunologicamente bem preparada em quantidade”, explica.

O plano contém uma série de ações para combater as arboviroses nos municípios de Pernambuco, baseando-se na análise epidemiológica e entomológica destas doenças no estado, bem como na organização da rede de saúde para atender os casos.

Bezerra destaca que o aumento de casos de arboviroses em Pernambuco ocorre de março a julho, enfatizando a importância de eliminar os focos de mosquitos. Ele alerta que, além de caixas d'água, bombonas e baldes, é crucial estar atento a locais menores, como tampinhas de refrigerante, bandejas de geladeiras antigas com água acumulada e calhas escondidas nos telhados.

“E é preciso lavar esfregar porque existe grande chance que é o ovo do mosquito. O ovo do mosquito tem um período de hibernação de aproximadamente 2 anos. Então você pode passar dois anos sem chover, se você molhar aquele local que o ovo está ali depositado, esse ovo vai eclodir”

De acordo com a SES-PE, os sintomas da dengue incluem febre alta acima de 38° C, com início repentino e duração de 2 a 7 dias. Os infectados também podem sentir dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. O tratamento é sintomático, uma vez que não há medicações específicas para a doença  — tornando importante a busca por atendimento médico logo no início dos sintomas.
 

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23/11/2023 10:50h

Sete casos foram registrados nos municípios de Caxias do Sul, Santo Antônio das Missões, São Borja, Riozinho e Três Coroas

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Recentemente, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou 5 casos de febre amarela em macacos mortos em outubro no Rio Grande do Sul, especificamente em São Borja, Santo Antônio das Missões, Riozinho e Três Coroas. No primeiro semestre de 2023, o estado já havia registrado outras duas infecções em macacos bugios pelo vírus da febre amarela — em Caxias do Sul e em Santo Antônio das Missões.

A bióloga Valeska Lizzi Lagranha, especialista em saúde do Programa de Arboviroses do Cevs, esclarece que, assim como os humanos, os bugios adoecem, mas não transmitem a doença. Eles são infectados pela picada de mosquitos e são importantes em termos de vigilância em saúde.

“Porque quando se encontram macaco bugio doente numa mata, ele é pesquisado, é detectado a infecção com o vírus da febre amarela; ele nos ajuda a entender que naquela região silvestre está tendo a circulação viral que faz com que a gente possa fazer ações de vigilância em saúde, campanhas vacinais nessa região, já que está tendo a circulação do vírus”, explica.

Transmissão

A transmissão da febre amarela, assim como a dengue, zika e chikungunya ocorre através da picada de um mosquito infectado com o vírus. Segundo a especialista, no Brasil a febre amarela se manifesta principalmente em regiões silvestres, ou seja, em ambientes rurais e florestais. Atualmente, não há transmissão em áreas urbanas. 

“A gente pede sempre que a população fique atenta às vigilâncias municipais, para que qualquer animal doente ou morto na área rural dos municípios, que a Vigilância Municipal seja comunicada para que possa fazer a análise e pesquisar a detecção, presença ou não do vírus da febre amarela nesses animais”, avalia.

Sintomas

Lagranha avalia que a febre amarela, sendo uma doença febril aguda imunoprevenível, pode ser prevenida pela vacinação. Ela destaca que a doença tem uma gravidade variável, mas quando atinge formas graves, a letalidade é significativamente alta.

“Os sintomas da febre amarela são principalmente uma febre de início súbito, uma febre alta, cefaléia intensa e duradoura, aquela dor de cabeça que não passa, uma inapetência, náusea, dores musculares, icterícia, então o aspecto da pele e do olho começa a ficar amarelado”, expõe.

A bióloga ressalta que a gravidade da doença se deve, em parte, à possibilidade de o paciente desenvolver problemas hemorrágicos.

Prevenção

De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, a vacinação contra febre amarela é recomendada em todos os 497 municípios do estado e está disponível nos postos de saúde durante todo o ano. 

A primeira dose é indicada aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Pessoas vacinadas após os 5 anos geralmente não precisam de reforço. 

Antes de viajar para áreas de risco, a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes. 
Além da vacina, o uso de repelente e roupas que protejam braços, pernas e pés em áreas de mata é aconselhável
 

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Brasil Mineral
20/11/2023 07:30h

A unidade será responsável pela produção de mosquitos para o controle das arboviroses

A Vale tem avançado com as obras de construção da biofábrica, em Belo Horizonte, e a expectativa é que sejam concluídas no final do primeiro semestre de 2024. A unidade será responsável pela produção de mosquitos para o controle das arboviroses, como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana, em Brumadinho e outros 21 municípios da Bacia do Rio Paraopeba, impactados pelo rompimento da barragem em 2019. 

O secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, visitou as obras. “É uma estratégia muito interessante a longo e médio prazo. Precisamos de novas tecnologias como essa, e inicialmente vamos usar nos 22 municípios da Bacia do Paraopeba, mas Minas Gerais quer expandir para todos os 853 municípios, para onde houver indicação de uso desse mosquito”, afirmou o secretário. 

A construção da biofábrica é um dos projetos da Vale que fazem parte do Acordo de Reparação Integral, celebrado em 2021, entre a mineradora, Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais e Ministérios Públicos Federal e do Estado de Minas Gerais. Após a conclusão da obra, as instalações serão repassadas à Secretaria de Estado da Saúde. O acordo garante ainda o custeio operacional do projeto durante cinco anos. 

A obra da biofábrica acontece em um terreno de 4 mil m2, no bairro Gameleira, e terá uma área construída de 1,1 mil m2, onde serão instalados os laboratórios e setor administrativo. A biofábrica vai produzir mosquitos com a bactéria Wolbachia, que serão soltos no ambiente para se reproduzirem com os Aedes aegypti locais.  A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Ela impede que os vírus como o da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito. Assim os insetos deixam de ser vetores de transmissão, o que contribui para redução destas doenças. “Para nós, da Vale, participar desse projeto traz grande motivação, porque é uma metodologia inovadora, eficaz, segura e sustentável, temas que muito nos interessam. E o mais importante é que os resultados do método Wolbachia comprovam um ganho relevante para a população, com uma redução significativa nos casos das arboviroses”, explica Nádia Ladendorff, epidemiologista da empresa. 

O método é uma iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e tem eficácia comprovada. Segundo dados de 2021, houve redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica no município de Niterói (RJ), onde o método foi implementado desde 2015. Os números estão publicados em artigo científico e corroboram os dados do World Mosquito Program em outros países, como na Indonésia, onde houve redução de 77% dos casos e 86% das hospitalizações.

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08/11/2023 08:15h

Segundo a coordenadora Estadual da Malária Paola Vieira, dos casos ocorridos neste período, 5.229 foram em áreas de garimpo, 6.268 em zonas rurais, 3.207 em áreas indígenas, 650 em ambientes urbanos e 11 em assentamentos

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Entre janeiro e setembro deste ano, houve uma redução de 7,5% nos casos notificados de malária no Pará em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo a coordenadora Estadual da Malária Paoola Vieira, dos casos ocorridos neste período, 5.229 foram em áreas de garimpo, 6.268 em zonas rurais, 3.207 em áreas indígenas, 650 em ambientes urbanos e 11 em assentamentos.

A maioria dos casos foi registrada nos municípios de Jacareacanga, Itaituba, Anajás, Breves, Altamira, Almeirim, Chaves, Afuá, Curralinho e Cumaru do Norte, representando aproximadamente 95% dos casos no estado. 

Paoola avalia que a doença é de transmissão vetorial, ou seja, é transmitida através de um vetor que é o mosquito e destaca que os sintomas são febre alta acompanhada de calafrio, tremores, sudorese e dor de cabeça.

“Algumas pessoas, antes de apresentar esses sintomas mais característicos, podem sentir também náuseas, vômito, cansaço e falta de apetite”, explica.

A coordenadora enfatiza que o diagnóstico da malária é simples, rápido e está disponível principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em algumas unidades específicas, que são chamadas de Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDT).

Ações do estado

A coordenadora expõe que para controlar e reduzir os casos da doença, o estado distribui insumos estratégicos, como medicamentos utilizados para o tratamento. Há também a distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida, que são chamados de MILDs.

“Esses mosquiteiros também fazem parte do controle da malária, do controle vetorial, onde além da proteção mecânica daquele indivíduo que está debaixo do mosquiteiro ao dormir, por ser impregnado com inseticida, o mosquito ao pousar sobre a tela, ele morre”, explica.

Nos primeiros 9 meses deste ano, foram enviados cerca de 10.050 mosquiteiros, no formato cama de casal, distribuídos entre o 7º, 8º, 9º, 10º e 13º Centros Regionais de Saúde, com base em critérios como casos notificados por localidade, número de prédios e da população afetada. Também foram distribuídos aproximadamente 24.800 testes rápidos e 785.805 comprimidos de medicamentos antimaláricos para os 13 Centros Regionais de Saúde.

Tratamento

O tratamento contra a malária é gratuito e eficaz, mas deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar complicações graves. A Secretaria de Saúde enfatiza a necessidade de pessoas que viajaram recentemente para áreas endêmicas procurarem atendimento médico imediato ao apresentarem sintomas.

O tratamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde e varia conforme o peso do paciente e o tipo de parasita. É importante completar o tratamento mesmo após o desaparecimento dos sintomas para garantir a cura.
 

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25/08/2023 14:00h

Durante período sazonal da dengue que se iniciou dia 30 de julho deste ano — e vai até 27 de julho de 2024 — foram confirmados até agora 188 casos e nenhuma morte

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No Paraná, durante o período sazonal da dengue que se iniciou dia 30 de julho deste ano e vai até 27 de julho de 2024, foram notificados 1.895 casos suspeitos da doença. Desses, 188 foram confirmados e nenhuma morte. O último período sazonal registrou 108 mortes em todo o estado e 135 mil casos confirmados de dengue. 

A chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, Emanuelle Gemin Pouzato,  esclarece que o período sazonal no Paraná corresponde aos meses de verão — e é marcado por um aumento significativo nos casos de doenças devido às altas temperaturas e maior incidência de chuvas.

“Então nos meses mais quentes e mais úmidos a gente tem um aumento do vetor, da densidade do vetor no território e esse aumento da densidade do vetor faz com que haja um aumento do número de caso. E é isso então que caracteriza muito a sazonalidade da dengue como um todo”, explica.

As regiões de Irati, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco e Cianorte não tiveram casos confirmados neste primeiro boletim. Por outro lado, as áreas de Telêmaco Borba, Ponta Grossa e Jacarezinho registraram apenas um caso cada.

A Emanuelle Gemin  ressalta que, neste início do novo período epidemiológico, a região norte do Paraná, especialmente em Maringá e Londrina e a região oeste, como no município de Foz do Iguaçu, destacam-se com um número maior de casos de dengue em comparação aos demais municípios paranaenses.

Ploriferação

A chefe da divisão avalia que a Secretaria do Estado da Saúde do Paraná  faz um alerta à população para que se envolva na prevenção contra a proliferação do mosquito. 

"Cuidados básicos com o olhar do ambiente e se cada cidadão fizer uma inspeção por semana na sua casa, tanto no interior da sua residência quanto no exterior, na busca, de qualquer recipiente que possa estar acumulando água e eliminar esses recipientes, nós vamos ter realmente um trabalho efetivo que vai favorecer com que a gente não tenha um aumento expressivo no número casos de dengue"

Transmissão

Sara Oliveira, assistente de pesquisa do InfoDengue explica que a transmissão do vírus se dá pela picada do mosquito do Aedes aegypti. “O mosquito ele pica uma pessoa infectada, se infecta e passa a infectar outras pessoas que ele pica”, pontua.

Sintomas

Sara Oliveira, expõe que os sintomas mais comuns da dengue são:

  • Febre alta, acima de 38,6°C;
  • Dores musculares bem fortes;
  • Dor ao movimentar os olhos; 
  • Dor de cabeça; 
  • Falta de apetite; 
  • Mal-estar geral;
  • Manchas avermelhadas pelo corpo. 

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27/06/2023 19:15h

Em todo o estado de Minas Gerais, em 2023, foram registradas 28 mortes por chikungunya, 132 por dengue e nenhuma por zica

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Em 2023, Minas Gerais registrou mais de 76 mil casos notificados de chikungunya, com 46 mil confirmações. No município de Ipatinga, foram reportados 3.909 casos suspeitos e 3.682 confirmados. A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Marcela Lencine, destaca a necessidade de ações contínuas de prevenção e controle do mosquito aedes aegypti.

“No ano de 2023 nós observamos um aumento importante de casos em diversas regiões do estado e mediante esse quadro, sempre é importante intensificar que os municípios desenvolvam as ações previstas nos seus planos municipais de contingência”, alerta.

A diretora apresenta que, em todo o estado de Minas, em 2023, foram registradas 28 mortes por chikungunya, 132 por dengue e nenhuma por zica. Já no município de Ipatinga, foram registradas uma morte por chikungunya e uma por dengue. Ela avalia que a população tem papel importante nos cuidados para a prevenção da ocorrência dos casos de dengue.

“Então dentro da nossa casa é importante a gente ter atenção ao acúmulo de lixo, possíveis reservatórios de água, manter tampados reservatórios de água que podem servir como focos do mosquito

Aedes aegypti, cuidado com as plantas que acumulam águas, aos reservatórios de água dos animais, potenciais reservatórios nos nossos eletrodomésticos, manter as calhas e os jardins limpos, enfim, todo o local que possa acumular água”, reforça.

A diretora explica que nos últimos levantamentos de índice de infestação do Aedes aegypti, foi verificado que mais de 97% dos focos do Aedes aegypti estavam dentro das casas.

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